Aug 25, 2014

Sobre eleições: votar no menos pior ou não votar? Eis a questão.


O brasileiro, influenciado pela cultura cristã, tem o feio costume de sempre esperar a vinda de um salvador externo. Em qualquer setor da vida, nos problemas financeiros, nas dificuldades dos estudos, nas desventuras do amor e, por que não, na política?

Esperamos alguém que chegue e transforme incompetência em qualidade, multiplique os empregos, baixe a inflação, facilite o consumo, não roube e etc. Somos mimados por essência. A espera romanceada do "salvador" que milagrosamente nos renova e enche de esperança.

Há muito, tenho pensado em anular o voto ou justificar. Não como protesto, mas por falta de opções. Por querer escolher o melhor e não o menos pior. Ao mesmo tempo penso que me abster desta responsabilidade é fazer o mesmo que "Poncio Pilatos": lavar as mãos e deixar que merda seja feita.

O fato é que na falta de opções começa a nascer em minhas reflexões, o desejo de optar pelo inédito. Um presidente e um governador que nunca estiveram no poder, um senador diferente e deputados desconhecidos. Se a meta é quebrar a corrente corrupta, vamos encher Brasília de gente diferente e tentar quebrar a lógica. Mas ainda há um pouco mais de um mês para as eleições, até lá quem sabe as preces não são atendidas para que os "de sempre" não ressucitem no terceiro dia.



Obs: esse texto só é válido para quem descarta totalmente a hipótese de fraude nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral brasileiro.

No comments: