O brasileiro, influenciado pela cultura cristã, tem o feio
costume de sempre esperar a vinda de um salvador externo. Em qualquer setor da
vida, nos problemas financeiros, nas dificuldades dos estudos, nas desventuras
do amor e, por que não, na política?
Esperamos alguém que chegue e transforme incompetência em
qualidade, multiplique os empregos, baixe a inflação, facilite o consumo, não
roube e etc. Somos mimados por essência. A espera romanceada do
"salvador" que milagrosamente nos renova e enche de esperança.
Há muito, tenho pensado em anular o voto ou justificar. Não
como protesto, mas por falta de opções. Por querer escolher o melhor e não o
menos pior. Ao mesmo tempo penso que me abster desta responsabilidade é fazer o
mesmo que "Poncio Pilatos": lavar as mãos e deixar que merda seja
feita.
O fato é que na falta de opções começa a nascer em minhas
reflexões, o desejo de optar pelo inédito. Um presidente e um governador que
nunca estiveram no poder, um senador diferente e deputados desconhecidos. Se a
meta é quebrar a corrente corrupta, vamos encher Brasília de gente diferente e
tentar quebrar a lógica. Mas ainda há um pouco mais de um mês para as eleições,
até lá quem sabe as preces não são atendidas para que os "de sempre"
não ressucitem no terceiro dia.
Obs: esse texto só é válido para quem descarta totalmente a
hipótese de fraude nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral brasileiro.
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