May 30, 2012

Legião Urbana com W. Moura

Sobre o Capitão Nascimento no Legião Urbana


A primeira canção que aprendi a tocar em um instrumento foi a “Que país é esse?”, e o instrumento era um violão Gianini que minha mãe comprou nas Casas Bahia, em 1997. Depois que entendi como funcionava a sequência rítmica e harmônica, fui até um banca de jornal e comprei uma dúzia daquelas revistinhas de cifras. Naquela época internet era coisa de rico, e computador custava algo como R$4 ou R$5 mil.

Me lembro que eu era muito influenciado pelos discos que meu irmão ouvia, e naquela época ele estava escutando o disco “Equilibrio Distante”, do Renato Russo. Então, inspirado pela trilha sonora,  comprei uma revista só com cifras do legião. Me sentava todas as tardes na calçada na frente de casa e fica tentando tocar “Sexo verbal não faz meu estilo... lá lá..”. Ficava uma bosta, mas de tanto insistir a música saiu e ficou redondinha, se é que isso se aplica ao Legião Urbana.

Enfim, virei fã da banda, mesmo não tendo vivido o ápice da década de oitenta onde a música deles era a maior das carapuças do brasileiro. Também compartilho da ideia de que o Renato era um mauricinho mimado que tinha tudo fácil, mas não estava contente com nada e acabou enfiando a vida no cu. Mas devemos reverenciar o mito “Legião Urbana” e o que ele significa hoje, perto dessa música incipiente dos dias atuais.
Especial

Ontem assisti perplexo às semitonadas do Wagner Moura, vulgo Capitão Nascimento, e concordo com a ideia de que assim como no filme Tropa de Elite, ele continua torturando muita gente.  O Legião foi a trilha sonora de vários momentos de minha vida e da maioria dos meus colegas e é bobagem não admitir isso. Os caras são fodas e representam uma fase legal da nossa música. Comparado com o contexto atual (que é outra bosta). Mas Wagner, na boa, seu dia de rockstar foi um fiasco, deixa pro Kim da banda Catedral ou quem sabe algum bom cover do Renato interpretar e reviver esses bons momentos.
Por outro lado achei o show muito emocionante, foi legal ver os caras tocando no palco e toda a plateia com a letra na ponta da língua. Mesmo com o sono do Dado Vila Lobos e as desafinadas do Wagner, analiso o espetáculo em sí como um alerta importante para a música brasileira. A qualidade das letras em detrimento das letras dos “sucessos” atuais. Quanto ao Capitão Nascimento, ele cantou com o coração e não usou nenhum efeito milagroso para “afinar” a voz, diferentemente da maioria dos desafinados que imperam nas paradas de sucesso. Mesmo assim foi triste.

Pena que acabou. Foi bom ver a MTV voltar a ser MTV, foi bom ver o rock brasileiro voltar a ser rock, pelo menos por uma noite. Espero que as coisas mudem e que os bons trabalhos que existem pelo Brasil tenham a mesma oportunidade que o Legião teve em sua época. O povo começa a se cansar da falta de bandas boas e de rock de verdade.

Fotos: Raissa Paschoal/Veja

May 26, 2012

Metal sem fronteiras



Muita gente torce o nariz quando o assunto é rock. Quiçá quando o assunto heavy metal, extremo produzido por angolanos. Infelizmente no Brasil a lavagem cerebral das últimas duas décadas, fez com que as pessoas esquecessem o real propósito da música enquanto mensagem, enquanto grito contra o sistema. Infelizmente a mídia, a TV, e a música anencéfala de hoje faz parecer que não há mais um sistema a ser combatido.

Eis neste vídeo (logo acima) a preparação de um documentário que serve de exemplo para qualquer pessoa que trabalha com música no Brasil. Nem os mísseis e as carnificinas foram capazes de impedir esse grupo de jovens de produzir o seu grito contra esse sistema frio e assassino. Para nós que estamos no conforto do capitalismo parece algo absurdo, mas esses jovens merecem ser chamados de músicos. 

Eles sim entendem o real motivo de se fazer música, de se fazer rock. Entendem que o metal é muito mais que gritos e instrumentos ensurdecedores. Entendem que o metal é um clamor como: Ei prestem atenção na merda que isso aqui está. Você não vai fazer nada? Nós vamos continuar gritando até a morte!

Por isso a “grande mídia” (que de grande não tem merda nenhuma) odeia tanto o heavy metal. Por que ele esclarece, ele denuncia, ele tira as pessoas do lugar comum e mostra o que de fato é a comunidade.Vamos esperar o documentário sair. Com certeza muitas pessoas vão rever seus conceitos e paradigmas.


Ouvintes, músicos e leitores... música é mensagem. E qual é a mensagem que você está recebendo?

May 21, 2012

Vandroya: guitarrista do Korzus finaliza disco


Vandroya entra na reta final da produção do seu álbum debut. Após encerrar as gravações no estúdio Genesis HiTech Music Records, a banda paulista realiza a mixagem e masterização com a direção do guitarrista Heros Trench, do Korzus.


O produtor, editor e finalizador possui no currículo um Grammy Latino conquistado em 2009 pela mixagem, produção e masterização do disco 'Depois da Guerra' da banda Oficina G3. Heros também participou da última edição do Rock in Rio, onde tocou com o Korzus.

Sem ter o nome do disco e a data de lançamento divulgados, a produção deve vir a público no segundo semestre de 2012. Vandroya divulgou a seu novo website com a nova logomarca da banda, além disso, também foi disponibilizado o canal oficial da banda no Youtube.

A formação da banda é Daísa Munhoz (vocal), Marco Lambert (guitarra), Rodolfo Pagotto (guitarra), Giovanni Perlati (baixo) e Otávio Nuñez (bateria). Vandroya lançou seu primeiro trabalho autoral em 2005, com o EP intitulado Whitin Shadows, de produção independente.


Canais relacionados a esta notícia:

http://www.mrsomstudio.com.br
http://www.vandroya.com
http://youtube.com/vandroyaofficial
http://fb.com/vandroya
http://twitter.com/vandroyaoficial






May 19, 2012

Quem ganha é a música



Estou na primeira fase do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), pra quem não sabe além de músico estou me formando como jornalista. Meu trabalho não poderia ter outra temática que não a música, vou ainda mais longe, não poderia falar de outra coisa que não o rock and roll. 

Muita pesquisa até aqui, levantamento de bibliografias, traduções de livros, decupagem de documentários e a cada dia que passa descubro o quanto o mundo do rock é fascinante e infinito. Mas para justificar o vídeo no começo do post, vou encurtar o caminho e chegar na parte dos subgêneros que escolhi para estudar e trabalha no trabalho: rock clássico, punk rock, hard rock e o heavy metal. 

Por que os escolhi? Por que se trata de três irmãos que moram juntos na mesma casa junto ao pai, o rock tradicional visceral e bruto. E esse vídeo resume muito bem o que quero salientar em meu estudo. É impressionante como os elementos de cada um dos segmentos, citados anteriormente, se entrelaçam e complementam-se. 

O cara que fez o vídeo foi preciso ao usar o pretexto de uma batalha. Uma queda de braço entre o punk e o metal. Mas na verdade não há queda de braço. Há sim uma grande harmonia musical, uma ideologia muito parecida e música feita para mudar o mundo.Perceba como as coisas se entrelaçam e como não há distâncias da essência.

May 18, 2012

Dica solidária



Ontem fiquei muito satisfeito com a conversa que tive com um dos organizadores do Festival RockAnimal. Feliz por que amo o rock and roll, feliz por que amo os animais e feliz por que ainda tem gente boa e com vontade de fazer a coisa acontecer na região.

Bom como bom cachorreiro/cervejeiro/roqueiro que sou, estarei lá no domingo às 14h na Avenida João Franceschi. Pra prestigiar meus colegas parceiros de heavy metal do New Stage, pra pretigiar a volta de eventos de rock na cidade.

Fiquei sabendo que vai ter banda de molecadinha tocando lá. Hoje em dia a mulecada só quer saber de sertanejo universitário. Só de saber que tem boa nova querendo resgatar o rock´n roll já vale ir lá incentivar os garotos para que insistam nessa estrada árdua, porém prazerosa. Afinal é por uma ótima causa.

Peguem seus pacotes de ração (1kg vale a entrada), a vontade de passar um domingão longe do Gugu, acompanhado de brejas, boa música e gente de bem!