O Rock´n´roll lamenta a morte do Sr. Jim Marshall, o “pai do barulho”. Para quem não ligou o nome a pessoa pergunte aos guitarristas de plantão, o que representa o nome Marshall. Jim morreu aos 88 anos e foi um dos grandes responsáveis pela qualidade dos amplificadores de vários astros do rock mundial.
Condecorado pela rainha com o título "Queens Award for Export", em 1984, em reconhecimento por seu trabalho como empresário e grande exportador. Fundada há 50 anos, a Marshall tornou-se um dos nomes mais conhecidos pelos roqueiros. Bandas como Iron Maiden, The Cult, Slipknot e Whitesnake já haviam sido confirmadas para o show de aniversário de 50 anos dos amplificadores Marshall na Wembley Arena.
A Marshall emitiu comunicado oficial sobre a morte do fundador. "É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso amado fundador e líder nos últimos 50 anos, Jim Marshall. Saudamos também um homem lendário que levou uma vida plena e verdadeiramente notável", diz a nota.
Fala galera, foi mal pelo pequeno hiato de um mês. Estava concluindo um projeto de pesquisa na faculdade e acertando umas coisas do disco da Vandroya, então não tive muito tempo para atualizar aqui. Bom antes de postar alguns assuntos que não podem passar batido, eu quero mostrar aqui o trabalho do Ancesttral que é está lançando o seu quarto trabalho autoral. O EP Bloodshed and Violence tem três músicas, sendo duas compostas pelos caras e um cover da música " I " do Black Sabath. Publiquei no último domingo uma matéria mo Jornal Comércio do Jahu com entrevista exclusiva do guitarrista Leonardo Brito, que morou muito tempo aqui em Jaú, acho que vale a conferir a entrevista na íntegra. Mas primeiro curta o som logo abaixo:
PS - Primeiramente gostaria que nos dissesse qual é a sua relação com Jaú. Você morou aqui? Tem amigos? Conhece projetos musicais?
LB - Sim! Meus pais se mudaram pra Jaú quando eu tinha 3 anos e só voltei pra São Paulo aos 19. Ainda tenho muitos amigos por aí.
Aprendi quase tudo que sei de música com professores
jauenses. Jaú tem professores e músicos excepcionais com quem estudei e
toquei.
Conheço alguns projetos do mestre Fábio Lopes, que foi meu
último professor antes de eu ingressar no Instituto de Guitarra e
Tecnologia em São Paulo.
Conheço algumas bandas de amigos com quem ainda mantenho contato.
PS - É natural que os fãs de Heavy Metal identifiquem
semelhanças na sonoridade e acabem comparando outras bandas. Vocês já
receberam esse tipo de comparação? (Se sim o que pensa disso?)
LB - Ah sim, isso é normal no começo. As pessoas sempre
comparam alguma coisa nova com alguma referência que elas já conhecem.
No nosso caso, no nosso CD de estreia, houveram muitas comparações com o
Metallica devido ao timbre de voz do Alexandre. Hoje em dia as
comparações são menores. Estamos mais maduros e temos muitas outras
influências que estão mais evidentes nas novas músicas. Não acho essa
comparação ruim no que diz respeito à qualidade do trabalho. Mas hoje em
dia, com a quantidade enorme de bandas que existem, ser original acaba
sendo mais importante do que qualquer coisa.
PS - A banda chega ao quarto trabalho autoral e, portanto, a
uma maturidade no que concerne a produção musical. Como vocês avaliam a
cena do rock pesado no Brasil? Acreditam que as bandas estão sendo mais
aceitas por aqui?
LB - Sem dúvida. Apesar de muitos ficarem reclamando por aí, a
cena do metal está melhorando bastante. O público está começando a se
abrir para bandas novas de som próprio. As bandas também estão em um
nível muito mais alto de profissionalismo e principalmente em relação a
produção dos CDs. Além disso, existe uma união maior entre as próprias
bandas que não se via há alguns anos atrás. Claro que isso é um processo
lento. A cultura da "banda cover" ainda é muito forte. A molecada monta
bandas primeiro pra tocar músicas dos outros e depois, se der, compõe
alguma coisa. Em outros lugares do mundo onde o metal é muito mais forte
esse processo é inverso. As bandas se preocupam em compor antes de
saírem fazendo covers. Essa mentalidade vem desde o aprendizado em
música. Todos querem aprender um solo do Steve Vai mas ninguém se
preocupa em compor um.
PS - O EP “Bloodshed and Violence -2012”. Sob que ótica vocês procuraram escrever as músicas e letras?
LB - As músicas sempre saem de maneira espontânea, sem pensar
se será uma música mais cadenciada ou mais rápida. As letras falam de
experiências pessoais e também de assuntos atuais, como a violência
gratuita que se vê hoje na TV.
PS - Fale sobre o processo de composição das três músicas do
EP. Quem compôs as músicas? Onde foi gravado? O disco foi produção
independente?
LB - As músicas “Bloodshed and Violence” e “Trust” foram
compostas pelo Alexandre Grunheidt (vocal e guitarra) e a “I” é um cover
do Black Sabbath. Ele foi gravado em vários lugares. Desde o sítio do
Alexandre até a sala da minha casa, passando pela escola em que o nosso
baterista dá aulas de áudio. Ele foi produzido totalmente pela banda e
mixado pelo Paulo Anhaia.
PS - Há expectativas quanto a shows e tournês?
LB - Há sim. A ideia é fazer alguns shows de promoção do EP e
em paralelo trabalhar no próximo álbum previsto para este ano ainda.
Faremos um show de lançamento do EP no próximo mês e sairemos para
alguns shows no interior e sul.
PS - Quais são os grandes anseios do Ancesttral a curto, médio e longo prazo?
LB - No momento, estamos concentrados totalmente na divulgação
do EP e na pré-produção das novas músicas. Vamos lançar um CD novo no
fim do ano e pretendemos sair em uma turnê maior no ano que vem. Não
pensamos muito a longo prazo. Tentamos nos concentrar no que temos agora
e como podemos fazer o melhor no momento. O que vier depois, será
consequência do bom trabalho de hoje.
PS - Você acredita que com a entrada dos grandes festivais
no circuito nacional e a vinda bandas mundialmente conhecidas, podem
estimular uma maior abertura para as bandas nacionais?
LB - De certa forma sim. Grandes festivais são boas
oportunidades das bandas nacionais se apresentarem para grandes
públicos, ainda que as condições dadas para as bandas nacionais
dificilmente são as mesmas das internacionais. Por outro lado, a enorme
quantidade de shows internacionais a baixo custo revela uma clara
preferência dos promotores de shows que, na minha opinião deveriam
investir mais em shows e produções nacionais.
PS - Ainda há preconceito contra os roqueiros no pais? Como você
lida com isso e qual a mensagem que você procura passar a quem desdenha
da música pesada?
LB - Já foi muito pior. Hoje em dia esse preconceito se
restringe a uma minoria desinformada. Já fui muito radical em relação a
isso mas com o tempo aprendi que tudo se resume a "respeito". Respeito
todos os músicos de verdade que trabalham duro no que gostam, seja lá
qual for seu estilo. Da mesma forma que também exijo que respeitem o meu
trabalho.
Da esquerda para a direita Rafael Rosa (bateria), Alexandre Grunheidt
(guitarra e vocal), Renato Canônico (baixo) e Leonardo Brito (guitarra)
PS - O que você está ouvindo no momento?
LB - Não tenho preconceito com nenhum segmento do metal. Escuto
desde Angra até Slayer. Tudo que tiver uma guitarra distorcida eu tô
ouvindo!! Mas ultimamente tenho me interessado por algumas bandas mais
novas como As I Lay Dying e Killswitch Engage. Não sou daqueles
saudosistas que acham que não existe vida no metal depois dos anos 80.
Tem muita coisa nova boa.
PS - Quais outros projetos nacionais você recomenda?
LB - Tem várias bandas nacionais que não devem nada para os
gringos. O Trayce e o Command6 lançaram recentemente trabalhos que
merecem muita atenção. Gosto muito também do Chaosfear, Woslom, Torture
Squad, Threat e os já renomados Korzus.
PS - O rock and roll na sua opinião morreu?
LB - Haha…escuto isso há uns 20 anos no mínimo e até hoje o
rock está aí firme e forte. E não vai morrer nunca porque é um estilo
que não depende de uma época, cultura, país nem classe social. Bandas de
30 anos atrás continuam lotando estádios pelo mundo sem contar que
constantemente tem aparecido bandas novas com a mesma qualidade das
antigas.
PS - Cite um motivo para as pessoas experimentarem o Heavy Metal:
LB - Difícil dizer. Só indo a um show mesmo para sentir o que o Heavy Metal pode te proporcionar.