Feb 14, 2012

Caminho Inverso


Whitney Houston, Amy Winehouse e tantos outros nomes da música, vão do anonimato ao topo do mundo. Cantam, encantam e ainda no topo se perdem nas drogas, no álcool, nas paixões insólitas e insalubres. Afogam-se em depressão e dão verdadeiros barracos. Apanham de seus amásios, dão baixaria, são severamente criticadas por seu comportamento. Depois ressurgem com a compaixão quase que angelical da mídia . Quando não, morrem afogadas em banheiras ou de overdoses de abstinência.

No caminho inverso de tudo vai a “gordinha” Adele. Sabe lidar com fama? Veremos! Mas com sua potente voz, foi premiada em todas as seis indicações que teve ao Grammy Awards, a maior premiação da música. As estatuetas mal cabiam em suas mãos e ela, no calor da glória confessa a sutileza que poucas (os) tiveram quando estavam no topo da fama. “Vou sumir por uns 4 ou 5 anos. Não sei o que farei depois desse tempo. Quero me casar, ter um filho e uma horta em casa".

Quem sabe se os falecidos de outrora tivessem a mesma atitude eles ainda não estivessem entre nós. Sumir é sempre vantajoso, por que saudade vende disco (se é música boa). Neste caso teremos que esperar para ver. Mitos da música venderam mais depois que morreram. Talvez o plantio da horta se torne o esquecimento de um público cada vez mais imediatista. Mesmo assim sua música é marcante e permanecerá guardada em uma caixinha de coisas boas descobertas neste mundo.

Texto original: Comércio do Jahu
Foto: Getty Images

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