Jan 24, 2012
Oscar 2012
O filme “Tropa de Elite 2” não conseguiu ser um dos indicados a melhor filme estrangeiro ao Oscar 2012, o mas Brasil não deixará de ser representado na premiação. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywood anunciou dois brasileiros que estão na disputa pela estatueta.
O músico baiano Carlinhos Brown ao lado de Sérgio Mendes vai concorrer com a música "Real in Rio" do filme Rio, contra "Man or Muppet" do filme Os Muppet, pelo prêmio de melhor canção original.
A entrega do prêmio será no dia 26 de fevereiro, no Kodak theatre, em Los Angeles, na Califórnia. A mestre de cerimônias será Billy Crystal. Confira quais filmes foram indicados nos quesitos musicais ao Oscar 2012:
Melhor edição de som
Drive
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Cavalo de Guerra
A Invenção de Hugo Cabret
Transformers: O Lado Oculto da Lua
Melhor mixagem de som
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Cavalo de Guerra
A Invenção de Hugo Cabret
Transformers: O Lado Oculto da Lua
O Homem Que Mudou o Jogo
Melhor trilha sonora original
As Aventuras de Tintim
O Artista
O Espião que Sabia Demais
Hugo
Cavalo de Guerra
Melhor canção original
"Man or Muppet" - Os Muppets
"Real in Rio" - Rio
Jan 21, 2012
Post Inaugural
Me lembro até hoje da primeira vez em que comentei em casa aos 17 anos, que eu gostaria de ser um músico profissional. O incentivo saiu da boca dos meus familiares, o olhar era de preocupação e os pensamentos estavam no futuro. Afinal como alguém que toca profissionalmente teria alguma estabilidade financeira. Na verdade tem um pouco de desinformação nisso tudo e um pouco de preconceito adicionado. Afinal sempre me diseram música é coisa de vagabundo, o sucesso é utópico. É um longo caminho até as rádios e o mainstream e ficar rico. Mas quem pensa que sucesso se resume à dinheiro e fama está bastante enganado.
Na minha cabeça sempre tive bem claro o sentido da palavra SUCESSO, e em nenhum momento o dinheiro e a fama estavam dentre os objetivos primários. Oras, não tem coisa melhor que você passar o dia todo trabalhando com algo que goste, é uma questão de chegar ao fim do dia com a sensação de realização. Afinal você fez algo por alguém e por você mesmo.
Pensando nisso abandonei a faculdade de Administração aos 18 e fui estudar música, e dane-se o que minha família pensava. Mais tarde percebi que era possível construir uma história e levar música para as pessoas e ter uma família e uma profissão que pudesse manter a compra de equipamentos e viagens. Pensei preciso escolher algo que se aproxime ao máximo da música. Escolhi o jornalismo, pois creio que ele faz com letras o que a música faz com os acordes. As notícias ressoam em nosso cérebro, podem transformar realidades, quebrar limitações, libertar, informar, preencher vazios. Assim como a música.
Aí vem o preconceito de quem não escreve e não houve. Ser músico é coisa de vagabundo, fazer jornalismo é pedir pra ser pobre pro resto da vida. Discordo e escolho os dois juntos pois acredito que eu não esteja aqui para exorcizar os meus medos e aflições, mas para trazer algo novo para as pessoas. Trazer música, visões, palavras, estrofes, acordes e denúncias. Promover as análises, a não mesmice, o questionamento, o deleite... em mim a vontade de comunicar é expressada pela vontade de noticiar e escrever, na mesma intensidade gosto de tocar acordes e cantar textos que levem as pessoas à enxergar por ângulos diferentes. E já nem sei mais o que é jornalismo e o que é música. De fato eles são muito parecidos, são composições deveriam estar juntos no cotidiano da massa perdida e manipulada. Deveria nortear olhares e sonhos.
Hoje aos 27, eu estou prestes a ter as duas primeiras realizações desta louca escolha profissional. É o último ano da faculdade de comunicação, e o ano em que a minha banda Vandroya lança seu primeiro CD, que eu orgulhosamente ajudei a compor. Só posso pensar em uma coisa nesta hora, unir as duas coisas, fazer da música jornalismo, do jornalismo a música. Mesclar, analisar, escrever e tocar. Por isso criei o “Passando Som”. Aqui eu quero colocar tudo o que eu puder sobre música, mostra, noticiar, criticar, analisar, elogiar e esmiuçar esse mundo facinante das bandas, dos músicos e cantores, dos estúdios, do mercado musical, da internet como meio democrático de liberdade expressão.
O nome do blog se refere aos bastidores de um show, depois de montar os instrumentos e equipamentos nós afinamos tudo, regulamos o som e para isso tocamos algumas músicas. Isso é passar o som. Quando o público chega, encontra tudo pronto, mas existe um mundo maior por trás do espetáculo. Aqui vocês vão conhecer o que o público não vê durante os shows, composições e gravações. Espero que gostem.
Giovanni Perlati
P.S. Inciando as atividades, eu recomendo um ótimo documentário sobre "ser músico". O Projeto CCOMA e o cineasta colombiano Daniel Vargas, produziram este
média metragem (45 minutos) entre outubro de 2009 e dezembro de 2010 com
imagens realizadas no Brasil, Uruguai, Colômbia, Alemanha e Grécia e
conta com depoimentos de músicos de rua da França e Inglaterra, Djs como
Anderson Noise e Ravin, músicos como Edgar Scandurra, Fernando Catatau,
Naná Vasconcelos, e Pedra Branca. Vale a pena assitir:
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